One Step Back.

Minha cabeça dá milhares de voltas, fazia tanto tempo que eu não me via assim, de uma forma que ninguém consegue enxergar.

A um bom tempo, as coisas eram o que eram, eu realmente podia dizer que gritava por dentro, mas parou, como se alguém calasse aquilo, mas agora, nesse minuto, sinto uma angustia tão forte, que poderia explodir.

Cada vez mais, minha vontade é de ficar na cama e poder dormir, as vezes penso em como seria não precisar acordar mais, fico conversando sozinha, procurando respostas mais malucas do que as proprias perguntas.

Realmente, eu acredito que algum erro tenha ocorrido, não era pra eu estar nesse mundo maluco, onde minhas angustias e medos são complexos que nem eu consigo expressa-los.

Tenho vontade de correr, de voar, de pular, de GRITAR, quero mudar meu passado, meu presente e meu futuro o tempo inteiro, mas nunca consigo terminar uma linha do que planejo.

Me acho tão fraca por passar um bom tempo tentando fazer o dia passar mais rápido, a noite passar mais rápido, Minha vida passar mais rápido, mas demora mais do que, no momento, eu possa querer.

Ninguém entende que não confiar é muito cruel, sádico e triste, que eu nunca vou colocar meus dois pés de uma vez, isso é horrível.

Tenho o melhor marido do mundo, um que eu não encontro palavras para descrever, mas meu coração doi, porque nunca vou saber o dia que ele vai deixar de me amar, não tem como eu me preparar para isso, simplesmente espero que nunca aconteça.

Desci ao porão do meu passado, lá é o canto mais perigoso do meu mundo, sonho, acordo, nem sei quando são diferentes, sei que os revivo e isso me mata.

Claro que eu não vejo glamour algum na morte, pelo contrario, acho a morte a parte mais solitaria e desconhecida que me espera, não tenho medo de morrer, mas tenho medo de perder meu coração em algum lugar.

Realmente não acredito que tenha cura pra mim, me acho no final da linha, de onde não existe retorno algum, mas espero seriamente que exista alguma coisa para reconfortar minha dor no final de tudo.